Já se perguntou algum dia "quem sou eu"? Parece uma pergunta fácil mas, é cheia de profundidade e significado se pensada da maneira correta. Afinal, pense em todos que de alguma forma o ajudaram a compor a personalidade que tem hoje.. Sua família (estruturada ou não), os colegas da escola, aquele professor difícil, o namoradinho da adolescência, o bullying que sofreu, um ente querido que se foi cedo demais, um trauma que só você sabe...
O que contribuiu para definir quem você se tornou? as dificuldades que passou quando criança ou as batalhas que enfrentou quando já adulto? E o principal... você se sente satisfeito com isso?
As vezes temos tanto medo de tomar as decisões necessárias que transformamos nossas vidas em um inferno de - se's - que nos assombram até o fim de nossas vidas quando uma simples dor momentânea pode mudar qualquer curso que pareça inevitável. A dor é necessária para o crescimento; não podemos optar pelo "não-sofrimento" quando crianças, talvez seja por isso que aprendamos tanto e tão rápido; mas na vida adulta passamos a fugir dos problemas que nos fariam continuar evoluindo. O que te faz sentir mais impotente, quando outras pessoas lutam suas guerras ou quando você se retira porque tem medo da derrota?
Talvez no fim, todas as batalhas que travou, todas as experiências que acumulou não servirão de nada além de ter proporcionado uma passagem tranquila e mais confortável por esta vida...
- Será que vale a pena? parece pouco... - alguém diria, mas ao olhar para as pessoas que permanecem "presas" nas primeiras fases e "jogam" uma vida sem desfrutar os desafios e as recompensas do níveis mais elevados, percebemos o quão melancólica é uma vida batendo sempre na mesma tecla; uma vida vendo as mesmas cores e cenários, cometendo os mesmos erros e sem nunca achar a saída.
Além disso, que graça teria passar uma existência sem experiência, sem aprender ao máximo o que podemos... sem usufruir das benécias da evolução pessoal? O desafio está no aperfeiçoamento diário, no desenvolvimento independente das condições nas quais fomos criados/educados, no que faremos com que fizeram de nós, em como iremos reagir quando finalmente formos confrontados com a realidade de ser.
Na verdade somos tudo isso... tenho em mim eu e você, e também tenho ele e ela, tenho o passado e o presente... também tenho o futuro..., tenho em mim todo os sentimentos do mundo.
Já vi uma criança chorar de dor, já vi velhos chorarem de pavor, já senti um abraço de amor, já perdi, já ganhei, chorei, sorri, já tive medo, desespero mas também já gargalhei na praia ao por-do-sol... sou aquela criança que lia livros encima da arvore mas, que tinha pesadelos e acordava chorando; que sofria bullying na escola e que por causa disso praticava também; sou o menino que já precisou pedir comida e também já gastou muito em uma noite em um jantar muito tempo depois; sou quem tem traumas irreparáveis e sente dores excruciantes na alma mas lida com isso e ainda permanece vivendo da melhor maneira possível; sou uma perdedora que permanece lutando porque não aceita perder.
É, se eu pudesse, diria que a única coisa que tem o poder de unir os retalhos dos quais somos compostos é fé... sem ela faz sentido... sem ela as flores não ganham cor, os dias cinzas não parecem bonitos e o inverno parece não ter fim; sem a fé que motivo temos para continuar? Mas quando ela está presente, mesmo os becos sem saída transformam em oportunidades, as decepções tem cara de recomeço; através dela se é possível chorar de felicidade enquanto sente o coração arder de esperança e certeza de que tudo está como deveria ser.
No fim, tudo é uma questão de como você encara as situações, de como escolher lidar com as coisas... Somente você pode decidir como as experiencias irão impactar a sua vida... Porém, se tiver fé de que tudo acontece por um motivo que visa seu amadurecimento, seu bem... então terá forças para enfrentar e sobreviver as situações mais difíceis se tornando melhor como pessoa do que era antes... Se tiver fé, nunca estará sozinho.
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