terça-feira, 21 de novembro de 2023

A paz existe!

Eu poderia escrever sobre tantas coisas, mas a verdade é que uma vez longe não sabemos como voltar, podemos até enganar a nós mesmos pensando que estamos perto e que podemos voltar a qualquer momento e tudo bem; na real o que acontece é que quanto mais tempo permanecemos afastados mais difícil e doloroso é o caminho de volta... será que estou falando da escrita? rs
É incrível como passamos anos construindo muros ao nosso redor, destruindo relacionamentos, implodindo nossas almas e ainda gritamos a plenos pulmões à qualquer um que tente interferir e se colocar entre nós e nossa missão suicida que a vida é nossa e queremos ser livres!
E isso independe de onde estamos ou do que estamos fazendo, as vezes não nos damos conta de como queremos controlar tudo; grande parte da angústia da atualidade tem base nisso, em querermos ter o domínio sobre coisas que não estão em nosso alcance e não aproveitarmos com qualidade o que temos nas mãos.
Bem no fim, não somos livres, somos eternos escravos de nossas escolhas e cada uma dessas escolhas infelizes levam a consequências piores e mais sofríveis; e numa tortura sem fim continuamos tentando controlar essa falsa "liberdade" da qual somos evidentemente incapazes de extrair um final feliz.
Leia-me com atenção, a única liberdade que temos é de decidir quem estará no controle da nossa vida, e a partir disso todo o resto estará definido!
Quando você compreende racionalmente que é incapaz de tomar suas próprias decisões com clareza, que já viveu como queria, fez tudo que podia e mesmo assim só chegou nos piores lugares que encontrou... talvez ainda ainda lhe sobre algum tempo para agir diferente e abrir mão do controle da sua vida.
Não espere encontrar a morte para optar pela paz.
É interessantíssimo que mesmo quando não vemos mais valia nenhuma para nós mesmos ainda há um olhar benevolente que espera que entreguemos a direção.
O caminho de volta não é fácil, mas não estamos mais sozinhos, já reconhecemos que precisamos de ajuda... então somos carregamos no colo! Toda a dor excruciante da cura é acompanhada de perto e, mesmo com dor há paz... uma paz que excede todo o entendimento, porque sim, ela existe!




sexta-feira, 3 de junho de 2022

Mateus 20:27

É curioso como a vida perde o sentido quando encontramos o sentido; e, ao mesmo tempo que ganha um sentido, é como se o seu real valor estivesse apenas no resultado, embora continuemos trabalhando arduamente para atingi-lo.
Funciona mais ou menos assim, vivemos unicamente para atingir um nível de conhecimento e consciência tal que nos proporcionará transcender esse plano. A partir do momento que compreendemos isso, tudo deixa de fazer sentido e passa a ter um novo significado, fazendo com que recalculemos muitas rotas, repensemos muitas atitudes mesquinhas, e passemos a meditar de fato nas palavras sinceras dos grandes homens que vieram antes de nós falando sobre o amor real.
Acredito que só podemos falar sobre esse amor quando paramos de forma consciente e podemos nos imaginar passando por determinadas situações; muitos chamariam esse exercício de "calçar os sapatos alheios", mas é de fato algo muito eficaz pois falar de amor é fácil porém se estivéssemos realmente praticando o que falamos o mundo não estaria do jeito que está.
Temos amado muito ultimamente, temos sim! O dinheiro, base de muitas relações interpessoais! O trabalho!... Bens materiais... Realmente temos amado muito. O que faríamos se tudo pela que temos lutado a vida toda nos fosse tirado de repente, tudo em que temos colocado (de verdade!) o nosso coração?
Enfrentar a realidade de que temos colocado nossa fé em coisas tão frágeis e passageiras é chocante! Coisas etéreas que podem ruir a qualquer momento e sobre as quais não temos nenhum controle, pode ser até mesmo desesperador.
No entanto, quando nos permitimos sentir realmente amados, somos desafiados a ter fé e passar por uma transformação de caráter, durante esse processo somos estimulados a amar pessoas. E, logo percebemos que investir em pessoas é também investir em si mesmo! 
Num ciclo de crescimento e desenvolvimento mútuo com foco no desconhecido porém, que nós dá a certeza de nos esforçados para ser melhor a cada dia pois não estamos sozinhos nessa caminhada.
Quando passamos a entender que este é o real sentido, amor vertical e horizontal, o resultado proveniente dessa vivência passa a ser o objetivo de nossa existência terrena.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Waiting...

Talvez esperar seja o maior dos desafios para a humanidade. Dia após dia temos nos tornado por demasiado imediatistas, tudo já vem pronto e o que estraga é rapidamente substituído; esperar pelo resultado de nossos esforços ou mesmo parar por alguns segundos e pensar antes de tomar alguma atitude parece quase uma utopia. É, definitivamente esperar é trabalhoso, mais ainda do que agir. O menor tempo "parado" já nos parece estagnação, não aprendemos perder para ganhar, não fomos ensinados da maneira correta que na maioria das vezes menos é mais.
Constantemente somos movidos por nossos impulsos e explosões, agimos sem pensar e, quando achamos pensar acabamos por não agir.
Ficamos irritados se somos contrariados e mais ainda se não podemos ter o que queremos no exato momento em que o desejo aparece. Damos mais valor ao ter em vez de ser e, terminamos por não ter nada quando optamos em sermos vazios. Se o homem soubesse que o verdadeiro poder está em ser, buscaria ser apenas para ter. Triste e fútil geração nos tornamos! 
Ah se pudéssemos ter consciência de quantas oportunidades são perdidas ao longo de uma vida apenas em razão da ansiedade; talvez por isso algumas gramas pareçam tão verdes quem sabe o vizinho não dedique tempo para mantê-la assim?
O que não fazemos questão de entender é que certos plantios além de levar mais tempo que outras para a colheita, requerem mais atenção; mas é fato que nada que se planta nasce no mesmo dia. 
Adianta investir no plantio e não ter a paciência de aguardar e colheita? mais que isso, manter o ânimo e permanecer com resignação trabalhando o cultivo certo de seus resultados até que eles possam ser vistos de maneira palpável? Sim! Esse período de espera exige atitude, quanto maior o retorno, maior o preço a pagar.
Nada é feito sem trabalho nessa vida, até para se colher o fruto pelo qual tanto se batalhou demanda-se uma ação.
Vejamo-nos então como o agricultor que resiliente cuida da sua propriedade mesmo após o severo inverno, geada sem precedentes, chuvas incalculáveis ou outros percalços que o obriguem a se adaptar pelo caminho, segue perseverante em seu propósito. 
À medida que a expectativa aumenta a frustração, e os desafios de se manter em espera nos exigem de sobremaneira, em meio a conflitos internos é normal sentir vontade de desistir. Nesse momento lembremo-nos com pesar daqueles que abandonaram sua espera, tão perto de alcançar sua meta por falta de paciência e flexibilidade em se permitir evoluir. Saibamos que muitas coisas não nos chegam se não estivermos prontos para tal. Ao abandonarmos nosso cultivo ele seca e morre, o mesmo acontece quando perdemos o foco do propósito, há que se recomeçar do zero quando desistimos tão perto do fim. Portanto devemos seguir dedicando-se e esperando, confiando e acreditando no improvável mesmo que pareça loucura; ainda que se acredite sozinho. O que deveras importa é se ver progredindo, evoluindo, superando a si mesmo; perceber que a dor da espera o molda diariamente, o conduz por caminhos nunca antes trilhados, o ajuda a melhorar sua relação de confiança com o Eterno.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

The Last One

É chegado o dia em que nos despediremos e então nossa breve passagem por esta vida apenas fará certo sentido por algum tempo talvez àqueles mais próximos que deixarmos e pelas marcas mais profundas de aprendizado na alma que levarmos; porém, todo o resto (as pessoas que amamos ou odiamos, objetivos pelos quais lutamos, dores pelas quais sofremos, alegrias que vivemos, todo preciosismo, egocentrismo...) será irrelevante. As vezes nos esforçamos mais que o necessário para se dizer "vivendo" e colocando intensidade em coisas fugazes, nos desviamos do nosso real propósito de evolução espiritual. A todo momento somos chamados à distração pelo efêmero, e quantos de nós hoje não se assusta quando confrontados ante à brevidade da vida?
Por essas cousas diz-se que o tempo é curto demais, de fato ele é, e se torna cada vez mais insuficiente perante o mal uso que fazemos dele. Constantemente deixamos a objetividade de lado, no da faixa dos apegamos à um punhado de areia esvaindo-se por entre nossos dedos e impomos à ela nossos sentimentos mais intensos, escolhemos deliberadamente ignorar, tanto o fluxo natural das coisas quanto o tamanho da faixa de areia ao longo desta praia e até que outras praias mais existam. Em outros momentos, somos tão narcisistas que colocando nosso projetos e problemas numa lupa, subimos num pedestal e exigimos ocupar o centro do universo de alguém. Esquecendo que não somos imortais, seguimos dia após dia arrogantes desprezando que num segundo todo esse sistema parasitário vai ruir um dia. Não queremos ouvir que a verdade é que ninguém se importa realmente, estão todos ocupados seguindo seu próprio caminho, fazendo sua própria busca, e nós devíamos fazer o mesmo.
Tão ocupados em chamar a atenção do outro sobre si mesmo, deixamos de nos fazer melhores sem saber que isso é que nos faria progredir enquanto humanidade.
Freud já dizia, se queres viver, prepare-te para morrer!... Ele tinha razão! Viver bem é encontrar o equilíbrio entre se organizar para partir a qualquer momento e o planejamento da possibilidade de viver 100 anos, amar é de fato capacitar quem fica para seguir sem você, ser feliz é apreciar cada momento como se fosse o último; e dia após dia nesse caminho de evolução, saber que fomos unidos para nos desenvolver juntos, então cada pessoa que está conosco ou encontramos nessa jornada tem um propósito. Gostamos de pensar em união por laços de sangue e sentimentos, prefiro acreditar em almas evoluindo juntas em um plano maior de sabedoria, e deixando de lado as limitações que a "humanidade" nos impõe, que somos todos seres cuja única finalidade parece ser alcançar a semelhança.
Talvez o mais trágico em tudo isso sejam aqueles de nós que julgam estar vivendo, porém se desesperam em suas rotinas mal arranjadas, suas preocupações sem sentido, suas ansiedades irracionais e tantas outras incoerências que os fazem se apressar para o fim, sem estarem preparados para ele e sem terem de fato aproveitado o presente. 
Deixar o olhar perder-se através da janela enquanto em paz aprecia um café não tem preço, mas exige um alto valor quando ousamos deixar de lado uma vida focada apenas em rodar sob o próprio eixo; não é fácil sair do lugar, forçar o pensamento a andar pra frente e abrir a mente para que a alma possa de libertar. É uma tarefa árdua até encontrarmos a paz contida na certeza da finitude humana, mas quando aceitamos e entendemos que este corpo está à serviço da alma e não o contrário é realmente libertador.



terça-feira, 23 de junho de 2020

Home

Caminho muito lentamente, estou sem guarda-chuvas e cai uma garoa forte que molha meus cabelos e me dificulta o passo, os carros agora passam por mim e não se preocupam em desviar das poças d'água, sou quase invisível; Não importa mais... agora já anoiteceu... na pressa de chegar em casa tropecei, cai, me machuquei... peguei um atalho e acabei sofrendo um assalto...
Não chamei ajuda, algumas pessoas até se ofereceram, mas achei que podia resolver tudo do meu jeito. Eu não conseguia entendê-las, cada uma falava uma coisa ou indicava um caminho diferente e todas diziam que seria o certo a fazer ou que me faria chegar a salvo em casa... mas eles divergiam tanto! Uns diziam que a culpa era minha por ter pego aquele atalho, que eu não deveria ter pressa, que poderia ter saído mais cedo, outras diziam que aquele lugar era de fato perigoso e eu não deveria estar ali, algumas defendiam quem havia me assaltado, e minha cabeça rodava.
Não podia confiar em ninguém! Não iria!
Saí decidido a seguir sozinho, confesso estava muito perdido e, constantemente sentia meus pés doerem, cansado sentia vontade de parar; olhava para minhas roupas rasgadas, para os machucados e sombras invadiam a minha mente... me torturavam, eu lembravam do que aquelas pessoas haviam dito e me sentia só... culpa... de quem era a culpa?
Devo ter sido atingido durante o assalto, pois como quem sofre de perda de memória recente, comecei a vagar apenas guiado por lembranças antigas de como era e onde estava o meu lar... Não sabia exatamente onde estava mas, podia sentir o lampejo da paz que era estar em casa. Mesmo sem lembrar com certeza o caminho tinha que continuar tentando! Não posso imaginar como fui parar tão longe!
Depois de caminhar por km e horas à fio sem sucesso, exausto, sentei-me no meio-fio... Eu estava molhado, tremia de frio, não aguentava mais aquilo, eu só queria finalmente chegar em casa e tomar um banho quente e colocar roupas limpas... mas eu estava ali vestido de trapos que refletiam muito bem o que eu sentia por dentro. Então chorei, precisava de ajuda, mais que isso, eu queria ajuda mas já era tão tarde da noite.
De repente, mesmo em meio aquela situação lastimável tomei uma decisão, eu tinha que continuar caminhando; ainda que apesar da minha aparência eu tivesse problemas durante o trajeto, embora minhas forças pudessem parecer esgotar, e mesmo que não tendo nada eu corresse o risco de ser assaltado novamente; Eu escolhi acreditar, acreditar que estou perto de casa e confiar que a fé em meu coração me levará até lá.
Não consigo saber as horas, mas está amanhecendo... apesar de ter chovido insistentemente a noite toda, parece que teremos um lindo dia de sol, que bom! É mais fácil caminhar quando está tudo iluminado!


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Improvável

Algumas pessoas tem a incrível habilidade de envolver todos à sua volta na mesma sintonia seja ela boa ou ruim. Mas teriam elas consciência dessa aptidão inestimável?
É magnífico o poder de criação que o ser humano possui, e essa capacidade de projetar e executar vai além dos simples planos do dia a dia. A energia que geramos produz efeitos sobre o inconsciente coletivo que ecoam na eternidade e nos conectam através dos séculos.
O universo é regido por energia em suas mais diversas formas mas, como saber qual nossa parte e função nesse todo?
Nas horas em que a única vontade é depor as armas e descansar, ainda tem algo que detém, que não permite avançar com o plano. Por vezes é difícil diferenciar o sonho da realidade e encarar as coisas como elas são, porque não sabemos como elas são de fato,  porém a única certeza é que sentar e se deixar enlouquecer por completo, não é uma solução à qual se tem direito.
Muitos de nós vivemos cotidianamente subjugados pelo medo (ousaria dizer que esse é o genuíno mal que assola nossos dias) e, os poucos que vislumbram ser senhores de seu destino esbarram em tantas barreiras de autodesenvolvimento que a partir daí tem que fazer um esforço descomunal para continuar em frente. Ainda bem que nessa altura a vida já nos presentou com algumas maravilhosas pequenas experiências que servem como promessas do está por vir e como irá valer a pena se não desistirmos.
Sabemos que temos o poder de mudar nossas vidas mas, duas coisas: 1º repetimos isso como calento (quase um mantra) para nós mesmos, como quem diz: - vou sair dessa situação a hora que eu quiser (mas a maioria de nós nunca o faz!) 2º Não conheço ninguém que tenha conseguido mudar o próprio destino sem (muita!). 
Antes de tudo temos que admitir que o mundo não precisa de nós e, reduzir o ego ao ponto de aceitar que somos importantes no nível que pensamos apenas para nós mesmos; é dolorido eu sei, e as vezes achamos que deu certo mas temos que voltar nessa fase. Mas, bem no fim, ninguém está nem aí para você, aceite essa realidade! Ah, mas e a minha família? Se você for terrível vão te odiar (se já não o fazem hoje) e for um amor vão lamentar, mas em ambos os casos será esquecido em poucos anos. A única forma de sermos relevantes de verdade é fazer o que pudermos o com tempo que temos enquanto estamos aqui, da melhor forma possível.
Você pode agora pensar em salvar a terra, os animais e as nações assoladas pelas mais diversas mazelas mas, pense em como nos recusamos a assumir o quanto precisamos em primeiro lugar essencialmente de uma cura interior. Estamos acometidos de um mal extremamente contagioso, com sintomas como inveja, egoísmo, falta de moral, paciência, domínio sobre si... e enquanto estivermos doentes não seremos capazes curar nada e nem ninguém. 
Além disso, saberíamos se a pessoa ao nosso lado estivesse aparentemente bem mas, sofrendo por dentro? A verdade é na maioria das vezes não nos importamos realmente, e por isso as pessoas se retraem, porque ao não verbalizar ou demonstrar, o impacto externo visível chega a ser quase que nulo, sendo perceptível apenas às pessoas mais próximas. Muitas pessoas mesmo não sabendo, como que por instinto optam por não falar sobre si pois sentem como que se ao falar, as palavras se tornassem matéria...ordem, execução. Porém, num nível energético o caos está lá, para quem tiver a sensibilidade de acessar.
Quantas tantas sofrem intermináveis batalhas internas? Não apenas conflitos simples do dia a dia mas, questões formuladas por uma mente ansiosa, respostas prontas oriundas de um coração amargurado... E se grande parte dos humanos se sente perdido na maior parte do tempo? Todavia como ajudá-los se padecemos do mesmo mal?
Ao dar atenção a si mesmo, buscando cura interior, higienizando sua mente e trazendo paz para a alma estaremos limpando nosso campo de energia a ponto de promover mudanças visíveis fantásticas ao nosso redor, ficaremos mais sensíveis à necessidade do próximo e às mensagens e sinais que nos são enviados; Quando você suscita a mudança em você ela se espalha para as pessoas próximas, como uma pedra que ao cair no lago percebe a água sob a sua superfície mas não tem ideia da dimensão do seu impacto após passar por ela.
Não se iluda, você ainda não será importante como seu ego vai querer fazer você sentir as vezes, mas se conseguir se curar e ajudar as pessoas na caminhada delas, então terá uma família muito maior, será lembrado por muito mais tempo quando partir e terá feito muita diferença enquanto estiver por aqui. Mas lembre-se, tudo começa por você!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

He is

Deus é muito bom mas quando Ele é mau Ele é melhor ainda! Calma! Esse "mau" se refere apenas ao entendimento e percepção que nós, como crianças mimadas que somos, costumamos ter sobre os acontecimentos quando começamos a receber alguma disciplina, e não ao que de fato acontece geralmente nessas situações. Que criança nunca pensou em fugir de casa e achou que viveria melhor sem regras?
Em casos comuns em que nos sentimos injustiçados lançamos fora o aprendizado que o momento poderia proporcionar para podermos nos preparar pra uma benção futura. Em outras circunstâncias mais comuns ainda, custamos a acreditar que a culpa pelos nossos fracassos não é nada menos que nossa, e num joguinho imoral de empurra empurra colocamos a responsabilidade dos erros no colo dos filhos, nos relacionamentos... afinal o problema é sempre do outro não é mesmo? E nesse desespero sobra até para Deus mas, curioso que em nenhum momento paramos para pensar que nós mesmos podemos estar estragando tudo... afinal quem estava me mimando? fácil, EGO!
As vezes fugimos de casa, queremos a liberdade mas não lidar com as consequências, com a responsabilidade que ela demanda...

Cada vez que vivenciamos duas vezes a mesma situação e agimos da mesma forma, naturalmente obtendo o mesmo resultado, obviamente deixamos passar uma oportunidade de fazer mais e melhor, de fazer diferente... E daí se a culpa for de fato do outro? Não podemos mudar o outro! Podemos sim reagir e lidar como isso afeta nossas vidas! 
Podemos sentar e chorar, reclamar, se lamentar, pedir aos céus pela morte e dizer a nós mesmos que não somos dignos de amor e... Talvez não sejamos mesmo! Mas, e se essa for a oportunidade chave que a vida nos deu para mudar tudo isso? Para continuar caminhando ainda que com lágrimas escorrendo pelo rosto, para agradecer por todas as outras coisas ainda que não esteja tudo como gostaríamos, para fazer a vida valer a pena e amar incondicionalmente ao invés de ficar esperando apenas receber amor... 
Talvez você ouse mesmo pensar que Deus seja mau mas, sabe... Ele é Pai não é? E Pai de verdade ensina os filhos a conquistar, a dar valor e a manter suas conquistas, ensina paciência, disciplina, bondade, confiança... ajuda a desenvolver autoconfiança, autoconhecimento... E quem também é genitor sabe como funciona esse processo de aprendizagem, basta refletir... mas, já adianto que não é trabalhando no tempo do filho.
Temos que desenvolver a maturidade para honrar o Pai, estar aberto para receber seus ensinamentos e veremos como o progresso pessoal será gradual e constante, impactando todas as áreas da nossa vida.
Então, da próxima vez que algo de "ruim" acontecer com você, assim como em tudo no mundo, há apenas duas possibilidades te asseguro... Consequências de decisões inadequadas que você tomou (boa hora para repensar e recalcular a rota) ou oportunidades de evolução (trabalhar uma melhoria ou apenas agradecer) para uma fase melhor, porque não há mal que dure para sempre se não quisermos no submeter a ele. 
Deus é bom em todo o tempo!





Timeless

Se eu me perguntasse ontem de manhã qual o meu bem mais valioso e, levando em consideração que nada é nosso de fato nessa vida, com certeza a resposta seria diferente da que tenho agora. Talvez se me perguntarem amanhã a noção não seja a mesma, mas espero sinceramente cada vez mais assimilar essa lição e que ela possa um dia ser constante na minha vida.
Bom dia, o sol nasceu... de repente já é noite e, num piscar de olhos passaram-se os anos... e as festas de família, as amizades, os momentos, os sorrisos, os abraços, as cócegas... e enquanto nos enganávamos dizendo pra nós mesmos um sem número de mentiras, deixamos para trás um vazio... de pais ausentes, de amigos distantes, cenhos franzidos, rugas precoces, atitudes insensíveis...
Muitos de nós somos forçados todos os dias, em função de quem amamos, a dispor desse bem valiosíssimo numa troca injusta e abusiva porém necessária. Nos submetemos diariamente à uma rotina extenuante que aos poucos drena toda a vitalidade e a qualidade da nossa existência e dos nossos; ao passo que em dado momento nos percebemos que nesse ritmo terminaremos sem uma coisa nem outra.
Seria a dádiva de desfrutar desse inestimável bem reservada apenas à alguns poucos? Como se o destino da massa já estivesse selado pois, quando não o tem está a correr atras dele e quando alcança não sabe como usá-lo.
Então me pergunto... Se há alguma probabilidade, ainda que mínima de reversão desse cenário que já parece pré-definido.
O que definitivamente parece ter sido feito para durar eternamente foi o sofrimento da humanidade, que se auto-flagela em sua ignorância sem fim sem conseguir evoluir suficientemente nem para aproveitar sua passagem por essa vida. Como poderíamos então nos tornar melhores? 
Quando começo seriamente a duvidar de nossa capacidade percebo, que apesar de todas as nossas fragilidades, como na ampulheta, temos um ainda que estreito espaço de tempo em que podemos agir para tentar modificar esse cenário pavoroso. O ontem já passou e o que devemos fazer é aprender com ele, tirar o máximo de lições quanto possível; o amanhã não nos pertence, não nos cabe viver lá, até porque ele pode não chegar... fazer planos é diferente... é como deixar um rota traçada no GPS; o único tempo que dispomos para executar, para mudar, para ser um agente de mudança em nossas própria vidas é o agora... é enquanto a areia é passando pelo centro.
Ainda que os piores dias venham e a esperança pareça sufocar, devemos continuar pois melhores coisas reservadas se referem ao tempo e, só quem aprende a dar valor real a ele poderá desfrutar das sua beneficies. Ouso pensar que talvez só quem descobrir como trabalhar corretamente o tempo poderá no futuro viver sem suas limitações.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Ganhamos quando perdemos

Olho para o caminho já percorrido e não consigo distinguir as pegadas... em certos momentos não percebo se ando ou rastejo... se me esforço para flagrar o instante em que se desenham na areia ainda assim não diviso os passos, caminho ou sou carregada?
É curioso muitos de nós passam a vida a lutar contra si mesmos, contra quem são, quem se tornam mas, não percebem que parar de lutar talvez seja a chave. Ouso crer que, 'se descobrir' é o desafio para a felicidade, para a paz e para o equilíbrio; ele não pode e não deve ser abandonado.
Digo desafio porque passamos a existência numa cruzada interna, travamos uma guerra em nosso mundo particular e como se não fosse o bastante usamos nossas crenças limitantes para invadir as divisas vizinhas e causar severas devastações, quando na realidade a causa raiz está em nós mesmos.
Projetamos nos outros as nossas insuficiências e temos uma dificuldade extrema em admitir fracassos e principalmente praticar o auto acolhimento. 
Quando nos sentimos sós, abandonados, com medo, inseguros... ou até auto-confiantes demais, eufóricos, ansiosos... tudo isso denota algo a ser trabalho mas, nunca é um ponto primordialmente externo, geralmente remete à um ponto interno que pode ser trabalho e deve ser melhorado. Não sabemos o que vai acontecer mas, podemos estar psicologicamente preparados para reagir as situações, e isso só vai se dar quando pararmos de travar as nossas batalhas projetando culpa no outro e transferindo a responsabilidade do nossos atos. Quando atribuímos conscientemente culpa a outra pessoa por algo que sabemos ser nossa responsabilidade perdemos, a chance de aprender com o erro, de amadurecer, de evoluir.
É doloroso admitir que errou, contudo essa dor é momentânea, porém a agonia de passar anos batendo na mesma tecla sofrendo pelo mesmo motivo pois não teve coragem de se permitir sofrer uma única vez intensamente é muito pior (graças à Deus eu não saberia dizer quanto). Na ânsia de se proteger vivem um inferno na terra, se auto-infligindo sofrimento dia após dia pois não se permitem evoluir.
Não corra para longe de você mesmo projetando sonhos loucos que não condizem com o que há em seu coração, pare, respire, se ouça, silencie tudo à volta e volte! Para si! Para aquela criança que apenas desejava ser feliz e escute o que ela tem a dizer, e acima de tudo, faça planos com ela sobre o futuro... sobre como vocês podem trabalhar juntas. Enquanto há tempo há chance de fazer algo novo ou retomar algo deixado de lado, basta querer!
Quanto mais conheço, me liberto, me rendo, confio... E desafio é constante, há sempre uma insegurança a ser vencida, um medo a ser trabalhado... Mas não faz diferença pois não estou sozinha, nunca estive... caminho ou sou carregada?

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Montanha-Russa

Processos de ciclos acontecem o tempo todo mas, apesar de reconhecermos e até tentarmos nos antecipar, parece que nunca ficamos preparados o suficiente, para o impacto que o fechamento de alguns deles tem em nossas vidas. É muito importante viver por completo essas experiências para evitar que cedo ou tarde encontremos um pedaço ou outro de nós caído em algum lugar por aí ou, acabemos descobrindo mais que um incomodo em um ponto dolorido da alma. 
Recomeços são extremamente difíceis e, não importa o quanto tenhamos sofrido no ciclo anterior, tem horas que apenas fechamos os olhos e tentamos focar em cada mínimo detalhe do sabor da liberdade para tentar equilibrar a tentação de olhar o que deixamos para trás e que um dia julgamos ser tão bom. A transição entre uma fase e outra costuma ser o período mais árduo pois, nos dará oportunidade de escolher entre regressar para a zona de segurança e, dirá se somos dignos do que está por vir caso, optemos por seguir em frente.
Não importa o quanto nos esforcemos o fato é que nunca será suficiente se estivermos na posição errada e, dar tudo de si mesmo pode ser mesmo tempo o fim de quem se entrega e o exato motivo pelo qual somos desprezados. Então porque insistimos em tentar caber em lugares que não são nossos? Longos períodos de adaptação e resiliência são de fato extremamente importante e crucial para nosso desenvolvimento pessoal porém, em dado momento o aprendizado intenso pode se tornar flagelo desnecessário e temos que ficar atentos a esse limiar tão sutil.
Algumas situações chegam a nos fazer questionar a própria noção de justiça e valores, duvidar da própria capacidade de executar e ser... E a fé em si mesmo passa de estímulo à martírio, pois até ao sucesso que se pretende alcançar carrega-se essa pesada bandeira  com tudo que sempre defendeu e lutou, com tudo que se é; mas, sob olhares e expectativa constante de outrem, nos submetemos à pressões internas violentas que podem nos fazer ter crises intensas de ansiedade por não querer respeitar o tempo certo das coisas, dos próprios ciclos, se respeitar... e na agonia de defender nossos valores perante a sociedade agredimos a nós mesmos. Parte do seu eu sabe que ao seu tempo tudo vai ser como deve ser e procura paz, a outra parte busca soluções imediatas para a paz e no saldo nenhuma das duas a tem.
Eventualmente podem aparecer novas feridas, imperceptíveis aos olhos comuns e entram naturalmente na fila das que estão em tratamento, passando posteriormente a compor o cenário abundante das cicatrizes... Ao parece sempre haverão muitas, sempre haverão novas... Todavia é vital que nunca sejam as mesmas, nunca sejam pelo mesmo motivos. É fundamental que as lições sejam sempre aprendidas para que o ciclos não se repitam de forma infinita. É imprescindível que se aprenda a perder, e quando isso acontecer então estaremos prontos para vencer.