segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A prática da fé

A chuva recomeça a cair lá fora e, o som dela me leva a perceber que uma das coisas que tenho sentido muito nessa fase da vida é que, esperar dói e desenvolver a arte da paciência é excruciante. 
Ver que, sua sorte está nas mãos de outra pessoa, que você tem que aguardar e confiar que vai ficar tudo bem. Parece fácil mas, para uma alma inquieta, para um espírito ansioso em uma pessoa de personalidade forte isso gera uma agonia semelhante à de um peixe se debatendo próximo à água porém sem poder alcançá-la.
Angustiante olhar em volta e ver tanto a ser feito, tanta coisa que "depende" de sua ação e ter que aceitar com resignação que não está sob o seu comando.
Não há o que fazer senão observar e isso é extremamente doloroso... exercitar a fé de fato, a confiança, saber que tudo vai acontecer como tem que ser mas, você não pode e não deve fazer nada para interferir.
É um daqueles momentos em que você é confrontado sobre todos seus conceitos, tudo que você acha que sabe e domina porém, no instante seguinte você está começando de novo e se obrigando a rever todas as suas concepções.
Tanto a aprender...já dizia o filósofo "o que ignoramos é um oceano" e, a gota que sabemos pode se evaporar a qualquer momento.
Vai muito além daquela fé primitiva, quase que instintiva, que praticamente todos possuem; estou falando da confiança consciente, racional.
Aprender  a fé em plenitude faz parte da transformação interior, do desenvolvimento da alma; Não só acreditar mas, ter a capacidade de deixar outra pessoa no controle do seu destino.
A verdade é que não existe verdade absoluta, cada um, cada coisa tem sua razão se ser.
Crescer dói, evoluir é uma escalada tão árdua que as vezes aquele "eu" incrédulo questiona se vai valer a pena o esforço e imediatamente se ouve a resposta do outro lado "com certeza valerá a pena e você sabe disso!".
Como é difícil conciliar mente e coração, razão e emoção! As vezes a impressão que serão necessárias ainda muitas vidas para que estejam em perfeita harmonia e então, virá o fim.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Tudo tem sua razão de ser

"A vida é um eco! Se você não está gostando do que está recebendo, observe o que está emitindo"
(Fernanda Braga)

Ao mesmo tempo que, é claro que colhemos tudo que plantamos, parece desumano quando temos que admitir que esta colheita é inevitável. Tentar assessorar alguém que está passando por uma fase ruim em virtude disso, só adia algo que deveria ter acontecido há muito tempo: aprendizado.
De que adianta as experiências passadas na vida se não se aprende com elas? Tenho dito à exaustão aqui no blog, sobre como as pessoas preferem permanecer em sua zona de conforto porque sempre tem alguém que vem e estende a mão para "ajudar"; porém a maior ajuda que podemos dar à alguém que está colhendo o que plantou (e se percebe que continua semeando errado!) é deixar que, de uma vez por todas passe o que tem que passar para aprender a lição que a vida tem a ensinar! Assim prosseguir e adquirir a maturidade necessária para não passar por aquilo novamente.
Pode soar frio mas, amor também é dizer não!
Como, por exemplo, ensinar os filhos a lutar por si só pelo que querem, serem independentes, serem pessoas de sucesso; no entanto o maior legado que podemos deixar para eles é a construção de valores que os permitam segurar as rédeas das próprias vidas em suas mãos! Deixar com que lutem suas próprias lutas para então, nos concentrarmos em nossa guerra particular.
De fato, cada um DEVE ser responsável e responsabilizado pelas decisões e atitudes que tomou ou deixou de tomar. 
É obrigação de todos nós adquirir maturidade suficiente para lidar com as consequências dos nossos atos e principalmente omissões!
Tenho dito!

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Let’s face it

I never had too much friends in the school, but I can't imagine my life without them. Today the same virtual relationship who make us get together for a few minutes, create a deep separation between us.
For a long time, I thought this personal connection would be forever, but I was wrong.
When there is a small amount of real friends, there is a desire to have somewhat more of them.
The natural order of things, their first friends is his brothers and parents but the reality is disappointing. Live far is worse because everything becomes a virtual relationship, maybe too superficial.
Possibly my sincerity doesn`t help at all in social and family relationships, but why? I don’t be a bad person for this.
I don’t  wanna talk just what they want to hear, I don’t know how to do this and don't want to learn. I only want to accept me as I am and love me anyway.
Always wanted to be the best friend of my sisters and always tried to do the best for them but our relationship has worn, perhaps be the distance and it makes me sad.
It is difficult to accept that all we turned adult with different ideas and ideals, with different objectives. It is difficult to accept the decisions of the other, no matter if it is the family or not. After a while the concept of family subsists only by the feeling of true love, friendship and respect among its members because any other dependency relationship isn’t healthy for the group.

It is almost impossible for people to accept that relations HAVE to change. Nothing should be the same forever. We are constantly changing and why should we treat living differently?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Aparências

O que será que mudou? De fato muita coisa mesmo mudou  mas, recentemente algo que até então vinha sendo ignorado veio à tona com uma realidade incômoda;  Onde será, em que momento da vida as relações  interpessoais se tornaram mais "frias", superficiais? 
Nada mais parece fazer sentido nesse quesito. O que  será que está faltando em nosso convívio social? 
Tenho a nítida impressão de que, os relacionamentos  atuais tem se baseado apenas em interesses pessoais e,  até os antigos estão se enquadrando nesse "novo  padrão". 
Uma coisa é você precisar de algum conhecido como  profissional que ele é em alguma área, outra coisa bem  diferente é você se aproximar, se fazer de amigo para  poder pedir favores mais tarde, mais à vontade. 
O que é interessante é que parece haver uma questão  exploratória aí; Se você pede um favor pontual é  considerado interesseiro, quando na realidade o  oportunista é aquele sanguessuga que se faz de amigo  para sugar melhor. 
Aparentemente o amor própriamente dito, tem se tornado  apenas um substantivo literalmente comum. As relações  tem sido sinonimo de benefícios; o que eu posso ganhar  interagindo com determinada pessoa? 
Há uma disparidade aí, pessoas sinceras perdem valor  aos olhos de quem gosta de ser bajulado e não consegue  ver nesse, relação de codependencia. Você massageia  meu ego e eu te ofereço o que quer. Quando isso não  acontece, imediatamente a pessoa é deixada de lado por  não atender as expectativas. 
Até que ponto é saudável estar cercado de pessoas que  falam apenas o que você gosta de ouvir e não o que  você precisa? Porque muitas vezes o que você precisa  ouvir não é nem perto do que você gostaria; o verdadeiro afeto demanda muitas vezes ir de  encontro as suas convicções, impelir você fazer o que é certo invés do confortável. 
É difícil aceitar essa visão de mundo diferente. Os  paradigmas atuais disseminados pela sociedade procedem da idéia de que, quem tem competência, valor e experiência é sempre o que tem melhor relação interpessoal, quando na verdade eles não estão necessáriamente ligados, pelo contrário, mostra-se cada vez mais comum pessoas sem competência alguma recebendo mérito apenas por ter uma boa convivência.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A persistência é o caminho do êxito (Chaplin)

Ao decorrer da jornada maravilhosa da vida, ver fases  concluídas, coisas que ficaram para trás e, não ter nenhuma história mal acabada, ter todas as arestas aparadas, é inigualável; é uma sensação de estar cumprindo competentemente sua missão pessoal. 
O prazer de poder somente olhar pra frente e projetar no horizonte todas as forma de sucesso que os olhos conseguem alcançar estando eles abertos ou fechados. 
Ao passo que sente satisfação na ciência das lições aprendidas e na progressão do pensamento, vê também que ficaram pra trás muitas pessoas com as quais costumava se relacionar; pessoas a quem devotava afeto e que não souberam divisar que as mudanças que acontecem são frutos de uma árdua semeadura. 
É difícil aceitar que muitos não acompanharão sua abertura de pensamento porque pensar, na realidade não é tão complicado, difícil mesmo é aplicar os pensamentos certos em ações eficazes, é isso que faz toda a diferença. 
O mais comum hoje em dia é arrumar desculpa para si mesmo para justificar a fraqueza e o medo de tentar; Porque, pergunto, não ouvir seu íntimo e concluir o que se propôs à fazer? 
Não seria indigno, como diz o ditado, de saborear o mel aquele que foge da colmeia por medo das abelhas? Não!, Responde, não é medo das abelhas / é que o urso me olhou feio / eu nem gostava de mel mesmo / só quero ir buscar o mel do jeito natural (na prateleira do mercado). 
Por vezes, assemelha-se a um pássaro selvagem que foi criado domesticamente, por mais que alguém tente energicamente fazer com que conheça a si mesmo e alce voo, ele não o fará se não superar todos os sentimentos e pensamentos contrários por si só. 
Por fim, é com resignação que temos que aceitar que, para a maioria das pessoas existem descobertas e aprendizados em que a experiência do outro é de pouca ou nenhuma valia, tem que viver por si mesmo e isso dói! 
Com o passar do tempo podemos chegar à talvez triste conclusão de que existem pessoas que não merecem ser ajudadas pois dentre as reações mais adversas, estão a inveja e a ingratidão. Enquanto uns se apegam à uma oportunidade como se a vida inteira dependesse disso, outros a deixam escorrer pelas mãos pelos mais variados motivos que no fim significam apenas uma coisa: fracasso. 
Pode-se dizer à partir daí que, a coisa mais laboriosa do mundo para os seres humanos é aceitar o próximo como ele é; aceitar suas escolhas, suas decisões, seus defeitos, suas fraquezas...enfim, aceitá-lo como o ser humano que já foram um dia.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Não os deixe saber...

...da sua dor, da sua solidão, do seu sofrimento. Eles não merecem ter o gosto de saber das suas lutas diárias pra se manter de pé, pra se manter são, pra continuar sempre em frente.
Simplesmente não os deixe saber da tristeza de estar só pois, com o tempo a solidão virá a ser sua melhor amiga.
Não transpareça a dificuldade que é realizar um sonho. Não os deixe interferir na alegria da realização, não os deixe alterar o sabor da conquista.
Quantos não disseram que era impossível, que era difícil, que não valia a pena; quantos, intimamente invejaram e torcem, mesmo que inconsciente, para que as coisas dêem errado. À esses, não os cabe saber dos percalços; deixe que pensem o que quiserem mas, nunca que sua inveja influenciou em alguma coisa. Seja sempre otimista, feliz, se mostre sempre confiante, compartilhe a sua alegria e deixe que apenas os íntimos confortem na hora da angústia, das provações.
Tudo isso te torna mais forte e, é dessa força que o guerreiro necessita pra vencer o guerra. Cada batalha vencida é um degrau para longe de fracassados que insistem que querer te manter no patamar deles.
Não deixe que eles saibam.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Time after time

É um dia frio, cinza... os galhos secos daquela árvore, hora ou outra balançam levemente quando o vento gelado passa por ela. Ante aquela cena, ela instintivamente fecha um pouco melhor o seu casaco; não está frio dentro de casa mas, dentro de si está tão frio quanto lá fora. 
Ela não está só porém, sente como se faltasse um pedaço de si mesma. Seus pensamentos voam longe e, uma lágrima solitária cai pela sua face ao pensar em tudo que deixou pra trás, família, amigos...aconchego e segurança. Sair da zona de conforto e conter o desejo de voltar correndo para ela quando se depara com a realidade, definitivamente demanda extrema coragem.
Sua mente está confusa pois, ao passo que pensa em tudo isso, também lhe vem as lembranças do quanto batalhou para ter aquele momento, o SEU momento! E nessa hora já não consegue conter as lágrimas que insistem em molhar seu rosto e, de olhos vermelhos sente que a separação dói, é quase como se estivesse morrendo, não sabendo que essa experiência é na verdade um renascimento.
Em desespero se apega à única coisa que a mantém nesse momento: a fé! Pergunta ao seu Deus se vai conseguir suportar, se manter firme no seu propósito, se realmente vale a pena... Ela não está em condições de ouvir as respostas mas, consegue sentir um certo alívio por saber que mesmo sozinha fisicamente, tem ao seu lado alguém que a conhece melhor do que ela mesma; entende suas confusões mentais e sentimentais, compreende e a acompanha na solidão e no sofrimento.
A dor dela é a dor d'Ele porém é um aprendizado necessário; ninguém deveria ser criança para sempre, exceto na simplicidade; cada licão aprendida, cada fase superada vai servir para deixa-la mais forte, mais madura,mais preparada!
Cabe apenas à ela ser a guerreira que todos sempre consideraram que ela é e, por mais que no momento essa guerreira esteja de joelhos, não está morta, apenas ferida; se ela conseguir confiar apenas n'Aquele que é capaz de dar muito mais amor do que ela jamais sonhou receber em toda sua vida, devagar Ele vai tratar uma a uma, feridas que ela nem lembra que estão lá, pois já se acostumou com elas. Não é o tempo que cura tudo e sim, o tempo que damos à Ele para usar com sabedoria o tempo.
Ela não sabe mas, se tiver coragem, pode compreender por experiência própria o que é fazer parte da família da fênix, que morre em sofrimento, renasce das cinzas, suas lágrimas tem poder curador, é capaz de transportar em vôo cargas muito pesadas, pode se transformar em um pássaro de fogo e simboliza a esperança que nunca tem fim.
Se eu pudesse dizer apenas uma palavra à ela, diria: Fé!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Doce Liberdade

A liberdade é algo de proporções tão magníficas, tão espantosas que a maioria das pessoas preferem limitar-se a viver uma realidade que outros pensaram e inventaram para elas.
É muitíssimo mais cômodo viver a realidade imposta pois então se tudo der errado terá alguém em quem pôr a culpa e, nesse casos será acaloradamente apoiado por outros covardes que, como ele não quis ser capaz de mudar a própria sorte.
De fato, romper as cadeias que nos prendem à costumes, crenças de todo o tipo, discriminações, e tudo aquilo que, mesmo não sendo necessariamente verdade mas, por ouvirmos durante tanto tempo os mesmos discursos acabam se enraizando em nossas mentes, é extremamente árduo e doloroso.
Grande parte da humanidade atual tem essa "dificuldade" de ousar, de expor-se. Ter a audácia de arriscar não é pra qualquer um, é preciso ter muita coragem pois é realmente muito mais confortável fica à margem dos acontecimentos. Ninguém costuma reconhecer a bravura de quem batalha todos os dias para vencer na vida. As pessoas parecem "não querer ver" o quanto o outro se esforçou por cada conquista e então se deixam levar pelo ódio que sentem ao ver a felicidade alheia. 
Abrir a mente para outras "verdades" e pontos de vista é em sua totalidade benéfico para quem estiver devidamente preparado para tal. No entanto, há aqueles que acreditam estar livres e fora da caverna quando na verdade estão apenas sem as amarras mas ainda assim acompanhando as sombras projetadas na parede; é uma liberdade falsa, são pessoas que mudam de ideia e ideais cada vez que aparece alguém com discurso eloquente e argumentos suficientes para fazê-lo acreditar. E permanecem defendendo aquele discurso vazio, muitas vezes repetido sem o mínimo de conhecimento porque, quando confrontado não possui argumentos válidos para defender o que acredita até o momento em que aparece outra pessoa, outra história, outra verdade...
Digo que esses "semi-libertos" são piores que os evidentemente fracassados porque desses já sabemos o que esperar pois o discurso nunca muda, mas os semi-libertos são os extremistas, nunca conseguem dosar sua paixão, seu desejo de liberdade...se apegam com demasiado desespero à qualquer resquício de raio solar que inunda a caverna e com ele fantasiam os mais diversos absurdos.


Ah...como é doce a liberdade! É uma pena não ter muita companhia por aqui!