terça-feira, 2 de julho de 2019

Who cares?

E daí se nada fizer sentido? E se a vida acabar amanhã? E se a sua procura for infundada? Sua espera for vã? No terá se resumido sua breve existência?... Nascemos, experienciamos e morremos, eventualmente temos a oportunidade de trabalhar e expandir as habilidades que adquirimos mas, e se tudo acabar agora? Como poderia ser resumida a passagem?
Não é apenas uma pergunta retórica, eu realmente gostaria que respondêssemos internamente... Estamos de fato vivendo ou cumprindo protocolos aos quais nos submetemos imposição?
Quantas vezes não nos permitimos viver por estar presos à convenções, crenças, à alinhamentos morais e éticos estabelecidos antes até de estarmos presentes e, em detrimento de nós mesmos deixamos de lado a oportunidade de desenvolver a capacidade de certo e errado para seguir o que já foi pensado, desenhado, definido. E nesse fluxo... outros decidem, outros pensam e definem enquanto nós apenas seguimos a correnteza sem a certeza de pra onde seremos levados, por muitas vezes sem o interesse de nadar para a margem pois demanda esforço demais.
A cada braçada contra a força das águas, a sensação de afogamento, mesmo após sendo arrastado por uma grande distância do ponto de inicio, quando finalmente vence os obstáculos dessa fase inicial na  libertação pessoal, se vê só. E a cada fase mais distante e desesperadoramente solitário. Mas, e daí?
Diga em voz alta, não pare! Você pode sentir que não é importante mas há uma centena de urubus à espreita esperando você se renda no deserto após o esforço descomunal para sair do rio. Obviamente incomoda na maior parte do tempo mas, deveria ser feito diferente? Eu diria que não!
Há de haver um caminho onde outras histórias se cruzem, experiências se completem, passagens sejam mais do que rápidos ensinamentos/aprendizados.
A "solidão" não é necessariamente triste, nesse caso é apenas um isolamento inerente à um grupo de pessoas com vivências semelhantes porém, que não encontram muitos seres correspondentes durantes a caminhada.
Talvez devemos apenas ouvir a música e se deixar levar pelo ritmo sutil que nos tira do caminho, que nos leva de encontro à multidão, que nos inspira a sentir, a se descobrir e então ousar o diferente; Que nos permite a necessidade do conflito da mudança para tomar de volta as rédeas da própria existência nas mãos. Não seja o todo, nesse ponto não faz bem estar em sintonia... destoe! incomode! Pois afinal, se nada faz sentido, pra que perder tempo vivendo correndo atrás de borboletas quando se pode evoluir a si mesmo no casulo e alçar o próprio voo? Pra que se preocupar o tempo todo com a opinião alheia? A maior parte do tempo, pra que ela serve mesmo?
Se dói? Quase sempre! Se vale a pena? Loucamente! É estranho dizer... é mesmo como sobrevoar uma área e poder ter um vista privilegiada das coisas... de muitas delas... mas, para um panorama completo, o desenvolvimento deve ser contínuo.
E daí se nada fizer sentido? E se a vida acabar amanhã? Você viveu ou apenas seguiu o fluxo dos que acreditam estar vivendo? Qual foi a ultima vez que fez algo pela primeira vez? O tempo não serve pra nada mesmo, a não ser pra te lembrar que o seu está se esgotando... E daí? Se por acaso for só isso, e você estiver aproveitando o seu melhor não tem com que se preocupar.