Questionar é Viver!

Andei revisitando antigas lembranças, conversando com alguém que instiga meus pensamentos, estimula o meu progresso interior na batalha pelo auto-conhecimento.

Enquanto observo lentamente o cursor piscando no início desta página, imagino como seria

ter o poder de escrever na minha vida o que eu quisesse e também apagar quando bem entendesse. Provavelmente não daria certo haja visto que não sei o que escrever, nem aqui, nem na minha vida!

Tento em vão compreender o que vai pela minha alma, mas vou à passos de tartaruga em busca de um "eu" que se distancia na velocidade de uma lebre. Então, me desespero, me angustio, me debato como um animal preso em uma armadilha, uma rede invisível prendendo meu corpo, ofuscando meus pensamentos, me tolhendo a produtividade mental. 

Sei que há um alter-ego em algum lugar aqui dentro do qual apenas desconfio existência mas, que me conhece e é parte dominante neste jogo macabro onde sou vítima e algoz simultaneamente.

Até que ponto vale à pena viver em sociedade, procurar ser "normal" e se prender à convenções impostas por homens tão imorais quanto corruptos?! Não é justo consigo mesmo procurar se enquadrar nesse molde forjado por mãos fraudulentas e de que nada sabem sobre a estrutura ética de um indivíduo.

Questionar é viver! Talvez não melhor do que antes porém, com uma perspectiva diferente, como se houvesse um esperança de liberdade para o ser! Conflitos em meio ao caos da mente pensante sempre existiram e nunca vai deixar de ser assim; ainda bem pois é do caos que provém todas as coisas!

Exijo muito de mim porque busco a perfeição, esta que me fascina e tortura em todo o tempo.

O início do pensamento já é primeiro passo em direção a liberdade plena! E se conhecimento, liberdade e loucura caminham lado à lado, que sejamos todos loucos então, promíscuos e insanos à ponto de ousar se transformar lentamente no que se pensa!

Aos poucos vai se descortinando uma nova faceta daquela que oprime minhas madrugadas insônes e percebo que para ser livre preciso entender e por em prática a exclusão de todos os limites impostos de forma automática.

Acho que ainda não sei me respeitar por completo. Quero demais, exijo uma perfeição que talvez seja inalcançável mas, como precisamos de objetivos, o meu próximo ideal fixo será a abolição de tudo que me amarra. Vou começar aos poucos até chegar a raíz e arrancá-la de uma vez por todas para que nunca mais me prenda ao chão.