Nunca conheci nada mais relativo que o tempo, isso é fato! Embora tenha sido Einstein o primeiro a dar corpo à teoria, juntando os diversos fatos até então desconexos e os interpretando corretamente, muita gente já tinha conhecimento ou especulava à respeito de sua relatividade, como Galileu e Newton.
O tempo, segundo Aurélio, "é um meio contínuo e indefinido no qual os acontecimentos parecem suceder-se em momentos irreversíveis" e, quem pode dizer o contrário? Que nunca desejou intensamente que o tempo parasse em uma boa ocasião; e que nunca ambicionou que ele retrocedesse para uma nova chance de fazer diferente e/ou agir de outro modo?
Os gregos em sua sabedoria mitológica reconheciam o senhorio de chronos e sua inseparável companheira Ananke (a inevitabilidade), diria-se hoje que eles ainda permanecem implacáveis e fazem questão de ostentar o seu poderio evidenciando como somos vulneráveis à eles.
O que será preciso acontecer para que viva enquanto se pode, sem levar uma vida de punições, culpa e remorso? Qualquer um que quiser dominá-lo será um fracasso total antes mesmo de começar; o segredo que só é revelado para os que se aventuram a procurar, é administrá-lo da melhor maneira possível.
Na infância se quer ser adulto e parece que o referido se arrasta, porém após um período determinado como quem tenta recuperar o que ele mesmo perdeu, dispara a correr de tal maneira nos fazendo aspirar justamente o contrário. Confuso? Procure analisar, é verossímil e muito coerente! Não somos nós os indecisos e sim o tempo e sua relatividade característica.
Para o que sofre ele é algoz, para o ferido é o bálsamo, para o desiludido a esperança, para o solitário um refúgio, para quem sente falta uma eternidade, para quem odeia um lampejo de vingança cotidiano... Há apenas uma questão que ele não trata (por não querer ou estar fora de seu alcance, desconheço a resposta!) curar feridas, apenas desvia a nossa atenção para o que possivelmente nos traz certa alegria mas, o que outrora nos afligiu permanecerá para sempre lá em meio as areias do passado podendo ser desenterrado à qualquer momento. Ele nos proporciona distração, em nenhuma circunstância amnésia, por isso tudo que começa deve ser terminado, sem outras pontuações que não sejam .
O tempo é covardemente utilizado com frequência como argumento para se finalizar relacionamentos dolorosos e impedir demais constrangimentos; tais pessoas que o utilizam como subterfúgio para tentar evitar "sofrimentos adicionais" são consideradas (sob o meu ponto de vista) desprezíveis por faltar com a capacidade e o caráter de expor o que sente e o que se passa, abandonando o outro em meio à um turbilhão de dilemas, "porquês" e "se's" fazendo-o acreditar que o delito foi seu, quando na verdade foi apenas manipulado à fim de encobrir a má-índole do "companheiro". Por fim mas, não menos importante, vale ressaltar que o supracitado também pode e muito solidificar as bases de uma relação saudável; é crucial que ambos tenham um espaço para si haja visto que uma união (seja ela qual for) inicia-se de forma espontânea e deve permanecer assim, caso não indubitavelmente o declínio se origina fazendo com que cedo ou tarde, tenha um desfecho ao qual já se estava fadado, a derrota!
O tempo, segundo Aurélio, "é um meio contínuo e indefinido no qual os acontecimentos parecem suceder-se em momentos irreversíveis" e, quem pode dizer o contrário? Que nunca desejou intensamente que o tempo parasse em uma boa ocasião; e que nunca ambicionou que ele retrocedesse para uma nova chance de fazer diferente e/ou agir de outro modo?
Os gregos em sua sabedoria mitológica reconheciam o senhorio de chronos e sua inseparável companheira Ananke (a inevitabilidade), diria-se hoje que eles ainda permanecem implacáveis e fazem questão de ostentar o seu poderio evidenciando como somos vulneráveis à eles.
O que será preciso acontecer para que viva enquanto se pode, sem levar uma vida de punições, culpa e remorso? Qualquer um que quiser dominá-lo será um fracasso total antes mesmo de começar; o segredo que só é revelado para os que se aventuram a procurar, é administrá-lo da melhor maneira possível.
Na infância se quer ser adulto e parece que o referido se arrasta, porém após um período determinado como quem tenta recuperar o que ele mesmo perdeu, dispara a correr de tal maneira nos fazendo aspirar justamente o contrário. Confuso? Procure analisar, é verossímil e muito coerente! Não somos nós os indecisos e sim o tempo e sua relatividade característica.
Para o que sofre ele é algoz, para o ferido é o bálsamo, para o desiludido a esperança, para o solitário um refúgio, para quem sente falta uma eternidade, para quem odeia um lampejo de vingança cotidiano... Há apenas uma questão que ele não trata (por não querer ou estar fora de seu alcance, desconheço a resposta!) curar feridas, apenas desvia a nossa atenção para o que possivelmente nos traz certa alegria mas, o que outrora nos afligiu permanecerá para sempre lá em meio as areias do passado podendo ser desenterrado à qualquer momento. Ele nos proporciona distração, em nenhuma circunstância amnésia, por isso tudo que começa deve ser terminado, sem outras pontuações que não sejam .
O tempo é covardemente utilizado com frequência como argumento para se finalizar relacionamentos dolorosos e impedir demais constrangimentos; tais pessoas que o utilizam como subterfúgio para tentar evitar "sofrimentos adicionais" são consideradas (sob o meu ponto de vista) desprezíveis por faltar com a capacidade e o caráter de expor o que sente e o que se passa, abandonando o outro em meio à um turbilhão de dilemas, "porquês" e "se's" fazendo-o acreditar que o delito foi seu, quando na verdade foi apenas manipulado à fim de encobrir a má-índole do "companheiro". Por fim mas, não menos importante, vale ressaltar que o supracitado também pode e muito solidificar as bases de uma relação saudável; é crucial que ambos tenham um espaço para si haja visto que uma união (seja ela qual for) inicia-se de forma espontânea e deve permanecer assim, caso não indubitavelmente o declínio se origina fazendo com que cedo ou tarde, tenha um desfecho ao qual já se estava fadado, a derrota!
O tempo nada modifica, apenas saca a luz a verdadeira identidade das coisas. Mais um texto digno da tua genialidade. Parabéns
ResponderExcluirComo diz a filosofia, há uma linha tênue que separa a genialidade da loucura, "Resta saber se a loucura não representa, talvez, a forma mais elevada de inteligência." (Allan Poe) - Obrigada mais uma vez!
ExcluirPara mim o tempo é um grande parceiro da paciência. Se soubermos usá-lo ele pode ser aliado, ou inimigo. Grande post Ana, você como sempre bem articulada e com facilidade de se expressar.
ResponderExcluirPodemos sim nos utilizarmos dele ou seria apenas uma margem em que ele nos proporciona a sensação de poder e domínio sobre ele? Talvez o tempo apenas permita que nos enganemos com a falsa ilusão de que de alguma forma conseguiremos controla-lo. - Obrigada meu bom amigo e agora fiel leitor!
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