quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Agoniante Desarmonia

Uma a uma lentamente, as coisas vão escapando ao controle para alguém que é visivelmente uma pessoa atormentada, pesarosa e com graves conflitos internos; a batalha vem sendo travada há anos porém nunca se esteve tão perto de perde-la quanto agora. Seus pensamentos e sentimentos se misturam, perturbando a razão. Pela primeira vez sente que o fim está próximo, pois a insanidade bate insistentemente à sua porta.
Quer se permitir amar e ser feliz mas num movimento inconsciente e totalmente involuntário sua mente lhe prega peças, trazendo à tona uma questão após outra e, embaralhando seus sentidos a deixa atordoada e sem chão. 
É laborioso encontrar paz de espírito quando se é vítima e réu de si mesmo, ainda mais quando se tem um tanto de almas perdidas e com personalidades diferentes assolando sua existência. Isso afeta de modo absurdo o psicológico e faz com que por vezes se deseje o fim de tudo com muita veemência pois, além da tortura mental pode-se sentir dores físicas decorrentes de tal embate tão  brutal. 
Ser corajoso e enfrentar seus monstros, procurar viver e seguir em frente sem se importar é impossível quando se está saturado de mágoas e feridas tão profundas que, apesar da esperança que a parte otimista ainda guarda para si, são uma excruciante tribulação pra toda a essência deste ser humano. 
Dia após dia duelam entre si razão e emoção (embora nenhuma das duas saiba o que quer), vida e morte, espirito e carne, anjos e demônios, medos e ousadia.. e nessa indecisão sem fim, enquanto a luta não determina o vencedor, o que se tem são apenas os "se's", os "porquês" e os "talvez". 
Não sabendo lidar bem com a falta de certeza e controle, siga seus instintos mas, o que fazer quando ele não se manifesta de forma satisfatória, sendo que há tanto acontecendo junto e um volume considerável de responsabilidades? Mesmo com uma quantia sem fim de perguntas e nenhuma resposta, insegurança quanto ao futuro e indignação quanto ao passado ainda há um raio de esperança em seu presente;
Não se sabe quanto tempo resistirá até a entrega total; Ninguém vive em tão intensa disputa durante tanto tempo, hora ou outra uma das partes é derrotada, e que aconteça logo porque o desgaste e o cansaço são genuinamente lancinantes!

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