O que será que mudou? De fato muita coisa mesmo mudou mas, recentemente algo que até então vinha sendo ignorado veio à tona com uma realidade incômoda; Onde será, em que momento da vida as relações interpessoais se tornaram mais "frias", superficiais?
Nada mais parece fazer sentido nesse quesito. O que será que está faltando em nosso convívio social?
Tenho a nítida impressão de que, os relacionamentos atuais tem se baseado apenas em interesses pessoais e, até os antigos estão se enquadrando nesse "novo padrão".
Uma coisa é você precisar de algum conhecido como profissional que ele é em alguma área, outra coisa bem diferente é você se aproximar, se fazer de amigo para poder pedir favores mais tarde, mais à vontade.
O que é interessante é que parece haver uma questão exploratória aí; Se você pede um favor pontual é considerado interesseiro, quando na realidade o oportunista é aquele sanguessuga que se faz de amigo para sugar melhor.
Aparentemente o amor própriamente dito, tem se tornado apenas um substantivo literalmente comum. As relações tem sido sinonimo de benefícios; o que eu posso ganhar interagindo com determinada pessoa?
Há uma disparidade aí, pessoas sinceras perdem valor aos olhos de quem gosta de ser bajulado e não consegue ver nesse, relação de codependencia. Você massageia meu ego e eu te ofereço o que quer. Quando isso não acontece, imediatamente a pessoa é deixada de lado por não atender as expectativas.
Até que ponto é saudável estar cercado de pessoas que falam apenas o que você gosta de ouvir e não o que você precisa? Porque muitas vezes o que você precisa ouvir não é nem perto do que você gostaria; o verdadeiro afeto demanda muitas vezes ir de encontro as suas convicções, impelir você fazer o que é certo invés do confortável.
É difícil aceitar essa visão de mundo diferente. Os paradigmas atuais disseminados pela sociedade procedem da idéia de que, quem tem competência, valor e experiência é sempre o que tem melhor relação interpessoal, quando na verdade eles não estão necessáriamente ligados, pelo contrário, mostra-se cada vez mais comum pessoas sem competência alguma recebendo mérito apenas por ter uma boa convivência.
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