É incrível quantas coisas estamos dispostos a pagar para consertar e, quando alguém vem e recupera espontaneamente, por muitas vezes não tem de nós nada além de uma gratidão momentânea, superficial. Mas, não vamos falar sobre gratidão propriamente dita e sim, sobre valorização.
Porque será que damos mais valor ao que um estranho ou não tão próximos fazem e "desprezamos" o que fazem por nós aqueles que nos são mais íntimos? (Parentes, parceiros e amigos)...
Ao pensar no quanto já magoamos por achar que um pessoa de fora tem uma visão privilegiada do todo, tento mensurar toda a dor que causamos aos que amamos.
Não! ninguém tem obrigação de estar aos nossos pés o tempo todo, cuidando do nosso bem-estar; não temos o direito de exigir nada do outro e se, mesmo assim o fazem, devem ser mais valorizados e amados ainda. Gostamos que as pessoas estejam à disposição para nos atender mas, e nós? o que temos oferecido em troca além de uma gratidão mesquinha? Temos dado o devido valor à quem amamos?
Tudo isso fala do amor que desprendem à nós e, nós aos demais. Todos já fizemos "favores", gentilezas e coisas que demandaram as vezes muito esforço para serem alcançados para então poder dispor ao outro; sim, quem ama de verdade não se importa com os obstáculos mas, e o outro? o que não dá valor, o que explora? o que acha merece ser servido por todos e nunca tem nada para oferecer?
Parecemos viver ultimamente um regime de exploração, onde os hospedeiros oferecem tudo de si e se vêem abandonados quando a morte por inanição afetiva se aproxima.
Volto a repetir, amar também é dizer não as vezes e, que poder há no não! Existem nuances para quem ama incondicionalmente, há muitas faces do amor e, proporcionar o aprendizado para aqueles que não conseguem se desenvolver tendo todo o suporte necessário, talvez seja o mais doloroso (...o amor tudo suporta - ICo13:7) porém, essencial.
Chega um momento em que trabalhar pelo outro já não adianta mais, ele vai ter que aprender por si mesmo as lições que a vida precisa ensinar...porque não quis aprender, ignorou as orientações de quem o amava e/ou não valorizou o auxílio que recebeu.
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