quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Arco-Iris preto e branco

Antes eram picos de euforia e vales depressão, Catarina buscou ajuda como lhe foi orientado. As coisas pareceram se estabilizar por alguns dias mas depois os sintomas voltaram e, agora mais intensos nivelados por baixo... eram agora, grandes vales de depressão com picos explosivos de ódio gratuito.
Com o passar dos últimos 3 meses ela tem passado por experiências marcantes e descobertas terríveis sobre si mesma, está instável e a qualquer momento vai ruir por completo. Quando está deprimida, nada faz sentido e é cada vez mais raro sentir-se viva e feliz.
São condições puramente internas mas ele não entende, todo dia discussões intermináveis tentam definir uma culpa inexistente. Ele tenta atribuir a si mesmo todas as condições da situação e bombardeia Catarina com perguntas que ela não sabe responder, tenta extrair informações que ele só pode acreditar que esteja escondendo... Julga conhecê-la melhor que ninguém, de fato é verdade mas, na ânsia de ajudar e se ajudar acaba por atropelar o contexto geral da coisas. Ele tem a maioria das respostas porém envolto em insegurança ignora todas elas e prefere se deixar levar, prefere não admitir que ela está realmente doente e sob tratamento.
Ela quer o acolhimento de um abraço silencioso, a leveza de um beijo, um sorriso seguro de sua importância, um olhar de compreensão, uma saudade espontânea... Cobranças não serão bem vindas nesse momento.
Ele já tomou sua decisão embora seja provavel não saber disso conscientemente... E ela... Bom, está acostumada com a solidão e talvez precise mesmo de um tempo... Pra se entender... Pra sofrer em silêncio... As respostas que ela tem para si, por enquanto são suficientes e, não está em condições de ficar procurando as que não tem, pra responder os questionamentos de outro alguém.

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