Pra que se preocupar em ser igual a todo mundo quando de fato tudo que se quer é ser diferente? Quando já se é, parte-se do princípio que o diferente é ruim, anormal ou corrompe princípios morais da sociedade.
Mas o que sabe a sociedade sobre o indivíduo? Com que direito ditam o certo e errado, santo e profano?
Com o dedo em riste alardeiam o que consideram ser nossas falhas aos quatro ventos, expondo o ato de pensar fora do cubo como se fosse um grave erro.
Então, por que diabos, insistimos tanto em nos esforçar, em lutar pra se enquadrar nesses moldes? Passamos uma vida de abnegação, negando quem somos, o que queremos, privando-nos da liberdade pra manter uma imagem necessária, acima de qualquer suspeita, um padrão que mina qualquer indício de auto aceitação.
Será que a multidão de diferentes que se escondem sob as capas invisíveis que mascaram o que a sociedade quer ver é realmente feliz consigo mesma ou se martiriza todos os dias para sufocar sua verdadeira essência?
É uma constante ver pessoas em relacionamentos que podem ser definidos tranquilamente como relação de parasita X hospedeiro e, é exatamente isso o que a sociedade faz conosco, invade nossa privacidade, tira nossa paz interior e nos faz pensar sermos os piores seres já existentes.
Talvez uma das tarefas mais difíceis seja reconhecer outro diferente nessa multidão de iguais, insípidos e entediantes cidadãos do mundo; quando por um acaso do destino isso acontece não devemos deixar ir, temos que nos manter por perto, formar uma resistência, como insurgentes que se negam a aceitar uma vida pré-moldada, pensada pela consciência global.
Chegar a esse ponto de pensamento é quase tão difícil quanto se libertar das amarras sociais que colocam sob nossos ombros um fardo demais para ser carregado, uma culpa injusta por ousar questionar o sistema e pensar; a partir daí se permitir e entender que, o disfarce ainda é necessário porém não o faz mais refém.
Quantas pessoas já cansadas de lutar contra elas mesmas, num momento de profundo desespero não puseram fim a própria vida? E quem pode julgar o outro por ter desistido?
Ninguém tem o direito e a nada nem ninguém devemos dar o poder de definir quem somos afinal, quem é John Galt? A única afirmação que podemos fazer com certeza é a de que a vida é curta demais para passemos por ela sem viver realmente, sem conhecer a si mesmo, sem se permitir ser feliz ou ir em busca da felicidade plena.
Demorou pra escrever mas valeu. Tá foda.
ResponderExcluirO melhor elogio que alguém pode receber!
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