quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Liberdade

Lá fora as pessoas seguem apressadas seus rumos; transmitem a impressão de que não estão indo à lugar algum, apenas fogem da chuva... do medo... das suas vidas desprovidas de sentido. 
As gotas que deslizam pela janela escura, estranhamente parecem dar voz à multidão de desconhecidos que agonizam silenciosamente pois ninguém se dá conta da importância de suas existências.
Quem poderá dizer qual é a luta pessoal de cada homem em busca da redenção? Quem poderá julgar seus passos e definir o certo e o errado? 
Por trás de cada julgamento precipitado, de cada preconceito formado, de cada crítica destrutiva fica mais evidente a cada dia que, pode haver um indivíduo descontente consigo mesmo, precisando de aceitação pessoal, de libertação. Temos que ter a sensibilidade de admitir que nem todas as pessoas caminham para o mesmo lugar ou no mesmo ritmo de passada.
Se fosse um dia qualquer, ela também estaria tentando se encontrar, também estaria em penintência por não aceitar ser quem é mas, hoje não!! Hoje, pela primeira vez desde que consegue se lembrar, ela está imune à inquietação que lhe é comum, ao preconceito, aos julgamentos e nada do que acontecer ao seu redor vai afeta-la. 
Novamente empreende a jornada dentro de si mesma, uma das muitas viagens de auto-descobrimento e, se supreende ao encontrar vida como a resposta que procurava. Em seu interior finalmente impera a paz e a aceitação. A tranquilidade de ser a envolve como quem embala à um bebê e levemente o faz adormecer.
Enquanto o mundo gira apressado, o dela por algumas horas parece faze-lo em câmera lenta. Observa O dia amanhecer em tons diferentes e, compreende que viver pode ficar melhor após cada batalha e que, quando a neblina dissipa, pode revelar um mundo inteiramente novo; um mundo que sempre esteve ali mas, somente pode ser acessado ao ser analisado sob outro prisma.
De todas as coisas que se pode escrever sobre a liberdade eu diria que, se ela tivesse uma cor seria verde e, se fosse uma fruta seria maçã... verde!


Nenhum comentário:

Postar um comentário