quarta-feira, 21 de maio de 2014

Naquela Tarde

Com aflição, olha para os lados, tanta gente...tantas pessoas absortas em si mesmo...vivendo suas próprias vidas, presas em sua rotina... e sente com um ímpeto de desespero a verdadeira dimensão da sua solidão.
Caminha a passos lentos... sem destino, afinal não quer mais mesmo ter um... quer apenas se entregar pois não consegue enxergar um caminho para seguir... se dá conta de que o fim não é uma questão de "se" mas de "quando".
Nesse momento, sentado no banco um parque qualquer percebe que as lágrimas já não podem mais ser contidas e em soluços sente o peso da solidão; a vida então, pela milésima vez passa diante dos seus olhos e já não encontra forças para continuar lutando, a solidão chega a doer nos ossos de profunda a dor provocada por ela. Pensa em tudo que fez de errado, nas boas oportunidades que desperdiçou, no mal que causou mesmo sem intenção e nos sonhos há muito, abandonados. Em definitivo, sob os gemidos agoniantes da própria alma, se rende e aceita que tudo está acabado.
Então, desguarnecido e resignado, se levanta e vai embora sem se dar conta do que acaba de acontecer naquela tarde pálida de outubro.
Chegou ao extremo de si mesmo, à ponto de quase por fim a tudo com as próprias mãos, tamanha a angústia. Ao sentir a morte se aproximando, isolou-se e, sem saber, construiu uma fogueira interior com suas frustrações, fracassos e infelicidade e nela permitiu-se ser cremado lentamente. Destas cinzas produziu-se o poder de ressuscitar um morto, aquele "morto" que desconhecia que as lágrimas de um ser agonizante tem propriedades para curar qualquer tipo de doença ou ferida.
Ignora que passou por um doloroso processo de renascimento.Segue vazio sua insignificante existência, agora já sem se importar com o futuro. Vai, com o passar dos dias tomando decisões há muito adiadas pela quantidade de "se's" envolvidos e pelas possíveis consequências de tais atitudes afinal, já não tem interesse nenhum no seu futuro.
Um bom tempo depois, percebe que, ao não sentir se fez forte... ao não pensar, executou tudo que precisava ser feito racionalmente... ao não amar, amou a si mesmo como nunca!
Encontrou, pelo menos por hora, um ponto importante de equilíbrio entre seu coração e sua solidão... experiente sabe agora, que vez ou outra deve deixá-los falar pois há coisas importantes s serem discutidas pelos dois.
Renasceu... e ao renascer se permitiu... e quando finalmente se permitiu, encontrou o havia procurado a vida toda: o amor!



segunda-feira, 21 de abril de 2014

Impreciso

É esquisito como algumas pessoas ficam mais vulneráveis diante de mudanças iminentes, fico pensando se são novas incertezas ou apenas as velhas inseguranças usando uma roupagem diferente.
Há um momento específico em que você realmente se dá conta que a durante toda sua vida tudo que as pessoas souberam fazer foi reprovar suas atitudes e decisões, apontar falhas e evidenciar seus erros. 
Isso fez com que você se isolasse em si mesmo, em seu mundo e, nesse instante percebeu que de tanto estar sozinho forçadamente, já não queria estar com mais ninguém. Cansou de interagir com uma sociedade que só critica ao invés de fazer mais, melhor ou algo por você. Cansou de buscar aprovação de pessoas que, embora pareçam, não tem moral para determinar nada sobre sua conduta... Muito menos, delegar a si próprio o poder de influenciar seu estado de espírito! É evidente que não importa o quanto você se esforce nunca sera bom o suficiente e sempre haverá aqueles que se consideram mais capazes e por algum motivo não o fazem.
Quando se tem a única pessoa em todo mundo que lhe oferece apoio e compreensão, adquire-se a segurança para interrogar com mais afinco e discutir assuntos deveras relevantes ao auto-conhecimento. É como externar para si mesmo os pensamentos mais abrangentes, não tendo necessariamente um sentido específico e, embora as situações constrangedoras da vida se reduzam à insignificantes acontecimentos, há vez ou outra fatos que desviam dos muros que estamos arduamente a construir e acabam por nos atingir.
Uma palavra, um gesto, um olhar as vezes são o bastante para se ler todo o pensamento de alguém à seu respeito num determinado momento. Incrível como as pessoas que mais exercem influência sobre a sua vida, das quais você está sempre buscando aprovação e alegria compartilhada, são aquelas que sem querer e pela proximidade que tem, acabam estragando tudo.
Difícil dizer com exatidão se são os hormônios em excesso ou a característica intolerância que se adquire com a idade. Fato é que, a paciência pra muitas coisas há muito vem se esgotando, outras indignam profundamente e, há também as que magoam sem razão aparente. Há também uma parcela crescente de repulsa com relação a certas atitudes que algumas pessoas tem, maneira de pensar, falar e até de ser que, gera um preconceito fortíssimo contra os ignorantes por opção, os que sempre querem se dar bem lesando os outros, os que dependem de outrem para tudo, os com complexo de inferioridade que se agarram à isso como desculpa para todos seus fracassos, menos favorecidos que também se utilizam desse fato como muleta para justificar a sua "falta de sorte" na vida, gente que fica o tempo todo se fazendo de miserável e por isso vive falando mal de quem batalha pra conseguir mais do que tem.
Seria injusto dizer que estou tratando um tema específico pois, aqui "inside of my head" ele se expande desde discussões político-religiosas à éticas e morais que se desenvolvem desde o nascimento e se enraízam com o passar dos anos, tornando uma tarefa custosa demais para a maioria das pessoas rever seus conceitos e muito mais ainda mudá-los.
Tudo isso tem causado um efeito de retração, de querer distância de todos, gerando assim relacionamentos interpessoais meramente artificiais porque poucos tem se salvado, os demais cansam só de pensar.

sábado, 12 de abril de 2014

A hora é agora!

O cotidiano é tão acelerado que, muitas vezes não tiramos o devido tempo para valorizar o que é realmente importante em nossas vidas. 
Muitos de nós as vezes acabam se esquecendo por completo de apreciar o que há de bom em viver. O trabalho e as preocupações constantes, principalmente quando se tem família, ocupam um espaço maior do que o necessário em nosso dia a dia. Espaço esse que nós mesmo vamos cedendo aos poucos e, quando nos damos conta já está preenchido por frivolidades.
Na ânsia da conquista, na opressão da responsabilidade, não paramos para curtir o som de uma risada ao longe ou sentir a brisa tocando suave nosso rosto, admirar um arco-iris após a tempestade ou observar a beleza de um dia chuvoso. No exigir de si mesmo algo a mais para dar aos que dependem de você por vezes deixamos passar momentos em família, de carinho, afeto e brincadeiras que seriam muito mais relevantes à relação do que o dinheiro pelo qual tanto se trabalha.
Quanto tempo faz que você não pára para meditar na brevidade da vida? Quanto tempo faz que não diz aos mais chegados o quanto eles são importantes pra você? Dizer eu te amo para seus pais, filhos, companheiro ou que sente muito? 
Ser sensível não te torna mais fraco, alias falar o que sente verdadeiramente é apenas para os mais corajosos porque ousam aventurar-se em um caminho dificilmente trilhado.
Devemos deixar cada momento acontecer em sua riqueza de detalhes, pouco a pouco, sem pressa de acabar pelo que vem depois... um compromisso... um horário.... uma preocupação...
Cada instante deve ser apreciado como à um vinho raríssimo e de sabor inigualável. 
Lembre-se, cada segundo pode ser o ultimo e não há nada que nos dê a garantia de que teremos tempo de correr atras do prejuízo... se despedir... pedir perdão... dizer que ama!
Embora, muitos de nós tenhamos personalidades fortes e uma dura cerviz nunca é tarde para rever conceitos e se tornar mais flexível e tolerante, tirando uma lição válida de todas as situações em que a vida nos coloca.



Se queres bem empregar tua vida, pensa na morte

domingo, 15 de dezembro de 2013

Outra Perspectiva

A paisagem parece perfeita, árvores sendo acariciadas suavemente pelo vento, os raios de sol passando timidamente entre suas folhas, pássaros passeando tranquilamente pelo chão à beira da estrada alheios ao que acontece ao redor... porém, a única coisa que parece fora de contexto é a sua própria presença no cenário. 
Ali na frente uma curva, na rua, no tempo, um caminho, um destino...
Um sentimento adormecido começa a tomar uma forma mais definida embora ainda não o suficiente pra se desenhar todo um futuro, se dá conta com nitidez que aquele belo e tranquilo quadro não comporta tudo aquilo que é como pessoa. Chega à constatação que a sua "zona de conforto" é composta de pessoas com belos sorrisos que escondem vidas vazias e sufocadas pela maravilhosa e aconchegante rotina da certeza.
Não! Queria mais! Mais do que seus olhos podiam alcançar! Queria tudo que seu coração podia sentir e, das mais variadas formas experimentar a velocidade do sangue correndo em suas veias, fazendo apreciar a vida intensamente. Queria entrar na curva mas, no tempo, no espaço... quase como um portal que levasse para onde pudesse sonhar sem recriminações ou descriminações.
Naquele momento soube que procurava um lugar, o SEU lugar, onde não se é crucificado por ser ou pensar diferente; onde não se é diagnosticado demente por ousar ser mais do seu corpo pode suportar! Afinal, um espírito arrojado e audaz se é claramente detectado por aqueles que, mesmo não sabendo com exatidão podem sentir em seu sub consciente algo distinto. Essas pessoas que não tem o atrevimento de tomar nas mãos a rédeas de suas próprias vidas, limitam-se a ficar à beira do caminho jogando galhos secos de árvores como suas insignificantes existências com o intuito de proporcionar algum obstáculo naquela caminhada que, sabem não é fácil mas os faz ambicionar secretamente seus benefícios.
Com determinação, percorre sem pressa o pequeno percurso até o desconhecido, à aquela que representa mais que um desenho geográfico, significa um novo começo. Com a cabeça repleta de planos e projetos, com o coração saltando num misto de sentimentos tal que não se pode definir segue em direção o seu futuro!
Sabe que é apenas o começo de uma busca constante, diária dentro de si mesmo... uma viagem interior que edifica também do lado de fora apesar de todas as dificuldades. Crescer para si beneficia e contagia a todos que deixam a eterna postura defensiva e se deixam levar à perspectiva de novos horizontes.
Um novo céu e uma nova terra! Pra que esperar pelo abstrato quando se pode tê-los à cada dia, à cada novo amanhecer... basta se entregar sem medo do desconhecido em busca de uma vida plena.
Ao dar o que parece ser o ultimo passo, cruza uma barreira invísivel que será um divisor de águas em sua existência, deixa pra trás tudo aquilo que sentia não ser seu. 
Se deixar levar pelo antes inexplorado pode causar algum temor mas, nunca será o suficiente para fazer voltar atrás. O que quer que seja que esteja adiante é muito mais digno do que qualquer coisa suficientemente forte para fazer retroceder.



Perca com classe, vença com ousadia, por que o mundo pertence a que se atreve.
Charles Chaplin

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Somos nós cristãos verdadeiros?!

Fico indignada e até mesmo irada, ao ver tanta hipocrisia junta em nome de Deus. 
Parem de tentar colocar Deus pra trabalhar em prol de seus sentimentos sujos e impuros! 
Fico comovida ao ver crentes que vão todos os dias nas igrejas entram e saem piores que entraram.
Suas saias longas, cabelos sem cortar e paletós amarrotados não lhe garantem bom testemunho, pelo contrario, para muitos lhe rendem "pena" e escandaliza o evangelho por já terem se tornado sinônimo de barraqueiros e falcatruas. Suas vestimentas e carinhas de coitados não escondem de Deus o que realmente há em seus corações, rancor, inveja, ira, vaidade velada. 
Porque não se derramar diante de Deus como realmente se é? Tomar a sua cruz vai muito além de não "estar na moda" e sim enfrentar o monstro que há dentro de você, ter a ousadia de enfrentar a si mesmo de dentro pra fora, retirando do coração tudo que não presta, perdoando e principalmente AMANDO AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO. Isso é uma questão constante.
Aceitar tudo que se diz porque quem está a frente é a máxima autoridade? Olhar para a vida de quem fala e não aceitar tudo prontamente faz parte de um crescimento espiritual saudável. 
Pensar sozinho é o que muita gente não tem feito, ou porque não sabe ou porque não tem interesse, assim fica mais fácil ter em quem por a culpa quando "Deus falhar". 
Estão condicionando Deus numa posição que não é a Sua, de Ser supremo e sim como se fosse um serviçal à mando de pastores e líderes da atualidade. Deus VAI te dar isso, Deus VAI fazer aquilo, calma lá meu filho, Ele vai fazer SE for da vontade d'Ele, SE Ele quiser!
Não é porque se acha melhor que seu irmão que terá regalias da parte de Deus, ainda mais porque Ele conhece seu imundo coração.O que há por baixo dessa máscara que você, de tanto usar todos os dias já tomou para si? Não é ser um cristão dodói tentando achar brechas na palavra pra poder pecar, como já me disseram, e sim tentar se por no lugar do outro. 
Você aceitaria que HOJE alguém te abordasse na rua com o dedo em riste dizendo: - Você é pecador, está amaldiçoado e se não se converter vai pro inferno!!! *** Eu sei o que qualquer pessoa faria, no mínimo daria as costas e iria embora, algumas não sem antes falar um palavrão. Não não é porque são intransigentes, é porque a palavra foi pregada tantas vezes de forma errada e totalmente manipulada em favor de homens que as pessoas estão CANSADAS do blá blá... que ouvimos por aí atualmente. Os líderes e seus discípulos vivem de frases feitas e não lêem a Bíblia, quando lêem absorvem apenas as partes que lhes convém à manipulação.
As pessoas hoje em dia não tem ido a igreja por amor e sim por costume, em sua grande maioria por MEDO e não deve ser assim, as pessoas tem que ir a igreja por AMOR à Cristo, porque realmente reconhecem o sacrifico de amor consumado na cruz e não por MEDO de ir para o inferno. Temos quantidade, não temos qualidade! 
Pasmem, a maioria dos cristãos verdadeiros está desistindo de ir á igreja por vergonha de tanta corrupção, jogo de poder, manipulação e trapaças por parte de irmãos com irmãos! É que mais pode humilhar e passar a frente do seu próximo.
Dentro das igrejas se as pessoas ficam revoltadas ao olhar para o irmão e ver que o outro está fazendo coisas que ele não pode fazer, movido por inveja e ira pensa: se eu não posso pq ele pode? Esse com certeza VAI PRO INFERNO! E sai falando mal do próximo aos quatros ventos, bancando o santíssimo remido.
Como assim?! Nunca vi tantos juízes corruptos em minha vida! Bando de hipócritas isso que são, falar de amor é fácil mas quando alguém questiona seus ideais de vida e não tem argumentos válidos para pautar suas atitudes logo partem para a agressividade!
Deus me livre de um dia ter que me sujeitar novamente à liderança de alguém que nem da sua própria vida tem as rédeas.




Eis que eu sou contra os profetas, diz o Senhor, que usam de sua própria linguagem, e dizem: Ele disse. Jeremias 23:31

E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. Marcos 12:33

Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? 1 João 4:20

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Keep Moving

Há situações de humilhação que nenhum ser humano deveria ser obrigado a enfrentar mais que o necessário porque, com o tempo essas repetidas investidas da vida, que eram para agregar acabam por causar traumas profundos e abrir feridas quase que incuráveis.
Ocasiões em que foi desafiado a aprender e, aparentemente assimilou a lição a ser ensinada não deveriam causar efeitos tão devastadores ao se apresentarem novamente. Se, algo acontece e, com uma frequência incômoda se vê forçado a enfrentar várias vezes as mesmas circunstâncias, há de se ponderar que a fase, possivelmente ainda não foi completada com sucesso. 
Eventualmente podemos visualizar o ciclo se repetindo mas, como a tolerância já se foi há muito, é como se, de quando em quando despertasse de um breve sonho bom e tomasse consciência de que, na realidade a vida segue apressada em uma direção obscura, da qual nos foge o controle. 
Até compreender com resignação determinados ensinamentos que a vida tem para ministrar, somos frequentemente tomados pela revolta, sem entender o porque de tanta insensibilidade alheia; porque displicentes nos magoam, jogando sobre nós cargas tão injustas que, por vezes afetam a saúde levando à beira da psicose, deixando-nos sem forças para caminhar à ponto de perder o rumo; Alguns realmente perdem a sanidade e desistem da busca interior pois, encontraram algo que vai muito além de sua compreensão. Mal sabem que chave está na perseverança.
Uma coisa que o psicológico de um pensador aceita é o progresso em ritmo diminuído em algumas épocas pois, nada acontece numa constante, todavia deve-se ter certeza que, mesmo devagar se está indo a algum lugar; A simples ideia de estar apenas patinando atolado na lama aterroriza.
A busca constante da fórmula para a plenitude faz com que nunca seja um fracassado, justamente pela grandeza de seus pensamentos porém, um espírito elevado e questionador não é toda a composição de uma vida. Querer viver absolutamente não é só um direito, é praticamente um dever, tendo-se em vista a duração da mesma. 
Olhar ao redor e ver pessoas alcançando seus objetivos, faz com que o pensador anseie ardentemente por descobrir o segredo que todas elas utilizaram para poder então, elaborar seu próprio e eficaz método; Um mecanismo no qual não seja indispensável dispor de todo seu tempo e dos prazeres da liberdade para se estar em sintonia com o todo.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ensaio sobre Maternidade - Parte I -

Diria que ser mãe não muda uma mulher e sim revela quem ela sempre foi. Algumas tem a alma para tal, nasceram para isso, enquanto outras jamais deveriam ter perpetuado sua existência, proliferando pela face do planeta sua falta de educação, domínio próprio e caráter duvidoso. 
É triste observar pequenos seres que nada sabem da vida serem estragados em sua sublime inocência por aqueles que deveriam lhe garantir a integridade. Telas em branco devem ser pintadas da melhor forma possível. 
Dar razão em todo tempo, dizer sim à tudo, defender mesmo quando estão errados, fazer todas as vontades e não impor limites é, com certeza a formula certa para o fracasso; pena que muitos ignoram este fato.
Amar é também dizer NÃO! 
Ser uma boa mãe depende unicamente do quanto se ama um filho; ama-se o suficiente para dizer não e ser incisivo com uma criança pequena? Pois saiba que pulso fraco nos primeiros anos de vida podem lhe resultar em adolescentes mimados, grosseiros e sem respeito por nada nem ninguém; apenas porque quando criança, absolutamente tudo lhe era permitido e aprendeu cedo que um pouco de choro ou escândalo lhe rendiam todos os "sim's" de seu interesse. 

E não, eles não são tão frágeis quanto parecem ser e definitivamente não serão menos manipuladores só porque te olham com aqueles olhos grandes e um rostinho angelical, as crianças testam seus próprios limites e dos pais mesmo quando ainda não sabem falar. Não, você não está sendo uma megera, apenas está compreendendo alguns pontos importantes.
Educação nada tem a ver com extremismo e sim com equilíbrio, as coisas acontecendo na hora certa, num meio termo entre a falta de limites de uma criança e as experiências obsoletas de seus pais. 
Há experiências obtidas pelos adultos que são dispensáveis no desenvolvimento saudável, pensamentos do tipo "vou fazer TUDO diferente da minha infância" e "fizeram comigo e não morri", são extremante perigosos porque, no primeiro caso se pode criar um pessoa com liberdade ou repressão excessivas e, no segundo caso, tende a transmitir traumas antigos insuperados dos pais nos filhos, quase como numa herança maldita.
Há de se observar o equilíbrio pois, ele é a chave da educação feliz e que, não gera traumas futuros.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Paz de Espírito


A tranquilidade de se olhar para trás e não se sentir preso à nada nem ninguém, é inestimável! 
Poder rever fotos sem reviver fatos, ter a capacidade pura de dizer um oi que não queira dizer nada além disso, sentir felicidade em seguir em frente pois todos os "se's" ficaram para trás junto com o tempo. 
Deixar algo de lado definitivamente para não conviver com assuntos inacabados e histórias mal resolvidas requer um esforço descomunal; na maioria das vezes exige que tenhamos esgotado toda e qualquer possibilidade de fazer dar certo, é apostar
sua vida naquela empreitada por um tempo, é investir todos os recursos existentes até finalmente se dar conta de uma vez por todas: realmente não havia nada do que eu pudesse fazer que faria ser diferente!
Mas, muito cuidado pois, chances perdidas, palavras não ditas, batalhas não lutadas, feridas abertas, memórias frescas...podem virar espectros que assolam e atormentam por uma vida inteira; muitas pessoas abrigam e alimentam seus fantasmas particulares até que, um dia são consumidos por eles, se tornando apenas uma vaga lembrança do que já foram pois, passaram a viver em função de algo que não ocorreu ou que poderia ter sido feito de outra maneira.
A hora é agora,  viva o momento no instante que ele acontece! Vá atrás, tente de novo, diga o que tem que ser dito e, insista quantas vezes forem necessárias até que, você mesmo se convença e pergunte para si: porque mesmo estou gastando tanto tempo e esforco em algo que não vale a pena? 
Nesse instante estará pronto para seguir e iniciar uma nova etapa.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Nostalgia

Observar a ação do tempo nas pessoas à nossa volta não costuma ser um hábito, até mesmo pelo convívio diário não nos apercebemos disso, porém ao encontrar um parente que há muito não se vê ou se deparar com fotos de amigos que moram distantes pode-se mergulhar em um profunda reflexão sobre a atuação desse impiedoso agente sobre nós. 
Nestas horas bate uma nostalgia, uma falta imensa de sei lá o quê, um medo do incerto, uma vontade gigante de nada fazer, um ímpeto forte de mudar o mundo com as próprias mãos. Um misto de sentimentos abstratos; uma miscelânea de nada, de tudo, do mesmo com o novo, ou talvez com o passado não sei.
Em determinada fase da vida, inevitavelmente se manifesta saudade do que ficou, pessoas que não serão mais vistas, palavras não ditas e, as pronunciadas que não podem ser tomadas de volta; a lembrança dos fins de tarde jogando bola na rua ao por-do-sol com as irmãs, das tardes quentes jogando futebol no gramado com o pai ou das infindáveis manhãs na companhia de um bom livro sentada tranquilamente no alto de uma goiabeira. 
Durante o seu momento de instrospecção é possível notar a ausência das pessoas que por acaso conheceu mas, com certeza lamentará a distância dos que de alguma forma foram tão importantes a ponto de marcar a sua vida e gravar seus nomes no seu coração (mesmo que o contato tenha sido por um breve momento).
O presente permite uma análise perfeita, um panorama da existência; como contemplar a vida de cima, de fora. 
Embora o futuro sempre cause apreensão e um tanto de medo, tenha em mente que tudo que fazemos hoje reflete no nosso amanhã. O futuro tem início hoje, comece a construí-lo agora e, embora não tenha toda a garantia de que dará certo, terá ao menos a certeza de que fez tudo o que estava ao alcance.

Percepção

Há uma nuvem, uma nuvem espessa de questões. Algo que vai além do habitual cotidiano, que aparece vez ou outra mas já é um velho conhecido da mente. Indagações que insistem em procurar por repostas passíveis de algum sentido, embora devam ser entendidos num plano superior e evoluído, sob todos os aspectos. 
Para alcançar as respostas, (porque sim! elas existem!) é necessário que se esteja despido de toda ignorância típica dos arrogantes e da imaturidade característica dos soberbos.
Aprender a se aceitar, ser feliz com quem se é, com o que se tem. Não conformismo e sim aceitação.
Não significa deixar e lutar e ambicionar ter mais mas, sim fazê-lo com a tranquilidade e a segurança de que aquilo que se busca será o complemento de sua felicidade e não apenas o alvo que vai fazer com que não aproveite a vista enquanto trilha o caminho. 
Tendo objetivos certos porém, definindo-os aos poucos conforme se vive... pode-se assim sonhar...realizar... 
Planejar o futuro é bom mas, fazer dele uma morada no presente é, na maioria das vezes preencher-se de ansiedade, aflições e medos, os quais lhe fecham os olhos impedindo de usufruir das graças de um belo sorriso, de um abraço apertado ou de um passeio no parque ao lado da família por exmplo.
Vislumbrar o futuro, saber o que se quer e onde quer chegar mas, não se ater a ele de forma antecipada. Afinal o viver é agora no presente pois, o futuro pode até não chegar e, o que será deixado para trás além das boas lembranças e do que foi construído enquanto a felicidade era o maior bem que se tinha?! 
A vida passa rápido o suficiente para que ainda insistamos em acelerá-la; vivendo assim, dia após dia uma vida vazia, onde os sorrisos são automáticos, os abraços sem sentimento, as lágrimas sem razão e os dias sem sentido algum. 
Lutamos para ter o mesmo que o próximo ou então ser até melhor mas, com que finalidade? Expor seu "sucesso" e conquistas para os demais? Ostentar à toa a exuberância de seus feitos quando na verdade o preço pago por tal foi tão grande a ponto de lhe roubar uma existência?
Se puderes ter a ousadia da humildade, a audácia de amar plenamente e a coragem para enfrentar a hostilidade à que será exposto por causa disso então, nenhuma resposta lhe estará incógnita pois as terás todas em seu coração.