Um anjo bom e um demônio, ambos sentados um em cada lado de seus ombros procurando influenciar da maneira que lhes convêm. Até onde nossas consciências estão limpas permitindo um juízo sem contaminação? E, como diferenciar a imparcialidade do egoísmo?
Poderíamos renunciar à tudo por amor? Conseguiríamos fazê-lo? Qual é o limite para não magoar aqueles que não hesitam em se doar pra que sejamos felizes? Haveria um? Sacrificam a si mesmos em prol de outrem e nos acompanham em cada passo, seja ele qual for e, não merecem alguma espécie de "compensação"? O amor que desprendemos seria suficiente para os manter seguros? Sim! É amor! Só foge aos padrões comuns existentes.
Quando se tem traumas tão profundos que praticamente definem uma história, não há muito espaço aberto a interpretações, é uma doença e precisa ser tratada. Qual seria então o tratamento eficaz para o alcoólatra? Até porque, deixar uma garrafa de vodka ao seu dispor e esperar que por bom senso ele se controle, não parece ser uma opção válida.
Poderiamos ainda ensina-lo a beber e ajudar mantendo-o em ambiente controlado ou esperar que morresse de abstinência; de qualquer forma não parece haver uma cura definitiva. Ações paliativas podem vir a ser uma alternativa já que mesmo em dosagem reduzida ainda fazem as "inas" necessárias circularem devidamente pelo organismo levando o sangue a pulsar mais forte.
Será que há alguma explicação racional pra tudo isso? Acredito que não, porém aceitar o que achamos que somos não nos torna menos insensíveis e, menos incapazes de nos colocarmos no lugar do outro. Sem pensar nas consequências ou apenas ignorando propositalmente os riscos, apostamos muito mais do que estamos dispostos a perder, somente pelo prazer proporcionado ao corpo por um cérebro viciado.
Já considero seriamente a hipótese de Jekyll and Hyde não serem apenas uma peça de ficção; quem poderá salvar aqueles que amamos de nós mesmos? Caçadores que tem por hábito brincar com a comida; Extremamente auto destrutivos pois isso é o que rende a emoção de estar vivo.
Difícil divisar a enxurrada de sensações que vão pelo corpo dos pensamentos racionais propositalmente inseridos pela mente com a clara intenção de provocar o caos.
Definitivamente não vejo uma explicação razoável que não desequilíbrio químico em estágio muito avançado pois, não existem motivos além deste.
Em rápidos momentos de lucidez quando em crise, tentamos desesperadamente ajudá-los a se defender mas, pouco ou quase nada pode ser feito. Pois o vício faz com que o cérebro reconheça que estamos tentado manipula-lo e mais que depressa reassume o controle.
Qual seria então o tratamento mais adequado? Até que ponto, queremos de fato ser tratados? E, o que disso realmente somos?
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